Eu e meus tijolos,
meu excesso de entulho.
ensurdecida pelo barulho
do silêncio que me atormenta.
Eu e minhas barreiras,
obstáculos abstratos,
corroído pelos ratos
meu caminho anda sujo, doente.
Quem não sente?
Minto para meus alter-egos
deixo-os caminharem cegos
pelas incertezas dos meus desejos
seguindo a música de um desafinado solfejo
não vejo mais nada
além de meus tijolos...
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