Não sei.
Achei necessário naquele momento.
Peguei as chaves, caminhei até o portão, abri o carro, peguei meu violão, voltei pra dento de casa. Fiz uma sequência de acordes, primeira estrofe (D, D7, Em7, Gm, A, A5) segunda estrofe (D, D7, Em7, Gm, F#,) e um refrão que não repetia (F#m7(9), Bm7). Enfim.
Feita tal melodia, pensei: "Agora é a letra".
Paralizei.
Não veio palavra nenhuma. Nenhum artigo definido ou indefinido. Assolou em mim um vazio maluco, sem explicação. Meus olhos encheram-se de lágrimas que escorreram independentemente pelo meu rosto e cheguei a conclusão que, Sim, eu não conseguiria.
Estranho, não?
Normalmente quando me sinto sozinha, triste, deprimida, as palavras vem enlouquecidas me atormentar, mas não vieram.
Fico me perguntando o que é este sentimento que sinto...
será que sinto mesmo?
não sei..
nunca sei...
(Rei - Fernanda EBling)
o vazio tomou
meu peito de vez
e eu outra vez
querendo encontrar
portas pra passar
janelas pra pular..
mania de querer...
ter asas e arriscar
andar pela beirada
do precipício
sem escorregar
sentir o vento solto
tocar todo meu corpo
soltar..
o ar
que não tem
respirar
o ar
que não vem..
a cada grito meu
loucura matinal
saindo pelas ruas
se interessando
pelo banal..
procurando olhares
de bares em bares....
me encontro em bocas
que nem sei..
e pelos andares...
ébrios de passagem...
quem sabe um deles é meu rei..)
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