fiz de mim flor
flor que não desabrocha
mais
flor que se cansou de ser cor
flor murcha...
fiz de mim cinza
cor que não vibra mais
cor de dia chuvoso,
de dia escuro, cor de muro...
Fiz de mim gelo
frio incessante de uma alma pálida
causadora de temperaturas negativas
pele exposta às rachaduras que ressecam.
fiz de mim solidão
daquelas que dá agonia
eu, logo eu, sem a mínima sinestesia
eu, logo eu, sem o mínimo de tesão...
Colorida e ao mesmo tempo incolor!
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Rei
Eu queria compor uma canção pra você.
Não sei.
Achei necessário naquele momento.
Peguei as chaves, caminhei até o portão, abri o carro, peguei meu violão, voltei pra dento de casa. Fiz uma sequência de acordes, primeira estrofe (D, D7, Em7, Gm, A, A5) segunda estrofe (D, D7, Em7, Gm, F#,) e um refrão que não repetia (F#m7(9), Bm7). Enfim.
Feita tal melodia, pensei: "Agora é a letra".
Paralizei.
Não veio palavra nenhuma. Nenhum artigo definido ou indefinido. Assolou em mim um vazio maluco, sem explicação. Meus olhos encheram-se de lágrimas que escorreram independentemente pelo meu rosto e cheguei a conclusão que, Sim, eu não conseguiria.
Estranho, não?
Normalmente quando me sinto sozinha, triste, deprimida, as palavras vem enlouquecidas me atormentar, mas não vieram.
Fico me perguntando o que é este sentimento que sinto...
será que sinto mesmo?
não sei..
nunca sei...
(Rei - Fernanda EBling)
o vazio tomou
meu peito de vez
e eu outra vez
querendo encontrar
portas pra passar
janelas pra pular..
mania de querer...
ter asas e arriscar
andar pela beirada
do precipício
sem escorregar
sentir o vento solto
tocar todo meu corpo
soltar..
o ar
que não tem
respirar
o ar
que não vem..
a cada grito meu
loucura matinal
saindo pelas ruas
se interessando
pelo banal..
procurando olhares
de bares em bares....
me encontro em bocas
que nem sei..
e pelos andares...
ébrios de passagem...
quem sabe um deles é meu rei..)
Não sei.
Achei necessário naquele momento.
Peguei as chaves, caminhei até o portão, abri o carro, peguei meu violão, voltei pra dento de casa. Fiz uma sequência de acordes, primeira estrofe (D, D7, Em7, Gm, A, A5) segunda estrofe (D, D7, Em7, Gm, F#,) e um refrão que não repetia (F#m7(9), Bm7). Enfim.
Feita tal melodia, pensei: "Agora é a letra".
Paralizei.
Não veio palavra nenhuma. Nenhum artigo definido ou indefinido. Assolou em mim um vazio maluco, sem explicação. Meus olhos encheram-se de lágrimas que escorreram independentemente pelo meu rosto e cheguei a conclusão que, Sim, eu não conseguiria.
Estranho, não?
Normalmente quando me sinto sozinha, triste, deprimida, as palavras vem enlouquecidas me atormentar, mas não vieram.
Fico me perguntando o que é este sentimento que sinto...
será que sinto mesmo?
não sei..
nunca sei...
(Rei - Fernanda EBling)
o vazio tomou
meu peito de vez
e eu outra vez
querendo encontrar
portas pra passar
janelas pra pular..
mania de querer...
ter asas e arriscar
andar pela beirada
do precipício
sem escorregar
sentir o vento solto
tocar todo meu corpo
soltar..
o ar
que não tem
respirar
o ar
que não vem..
a cada grito meu
loucura matinal
saindo pelas ruas
se interessando
pelo banal..
procurando olhares
de bares em bares....
me encontro em bocas
que nem sei..
e pelos andares...
ébrios de passagem...
quem sabe um deles é meu rei..)
sem mim
"e quando eu choro...
quando eu choro
meus
olhos
ficam..
azuis......
muito azuis agora....
quando eu choro meus olhos ficam azuis
tão azuis que
qualquer blues que toque..
me faz lacrimejar..
quando eu choro meus olhos ficam azuis
minha boca vermelha
minhas sardas saltam
fico
tristemente bela""
quando eu choro
meus
olhos
ficam..
azuis......
muito azuis agora....
quando eu choro meus olhos ficam azuis
tão azuis que
qualquer blues que toque..
me faz lacrimejar..
quando eu choro meus olhos ficam azuis
minha boca vermelha
minhas sardas saltam
fico
tristemente bela""
sábado, 20 de julho de 2013
Imagens Paulistas II
o céu repleto de bolhas de sabão,
no chão, calçadas quebradas,
uma moça bonita, com alma despedaçada
perdida em cola..
perdida em dor..
no chão, calçadas quebradas,
uma moça bonita, com alma despedaçada
perdida em cola..
perdida em dor..
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Agonia..
É quando o peito grita tão alto que a alma fica surda
é quando os desejos do corpo não podem ser sanados com toques
é quando a pele se rasga seca porque essa sede não se mata com água
é quando se olha no espelho e o que enxerga é Nada.
é quando os desejos do corpo não podem ser sanados com toques
é quando a pele se rasga seca porque essa sede não se mata com água
é quando se olha no espelho e o que enxerga é Nada.
sábado, 23 de março de 2013
...
e os erros são de quem?....
seus
meus
do mundo
da conspiração
da respiração
do desejo
do não beijo
do olhar
te desolhar é tão...
tão...
impossível...
sexta-feira, 22 de março de 2013
Pimenta
eu vejo
nos dois
num dia bem cinza
tentando colorir
este desenho borrado
que insiste
nos inserir
perdidos em formas
disformes
sons
dissonantes
eu não sei
até quando o não gosto do beijo
vai nos sufocar
essa vontade
de loucos desejos
que permeiam
o meu pensar
se me permito a romper as barreiras
ou somente
a te olhar?
vai...
segue o seu caminho
não olhe para trás
eu só sou o espinho
de uma rosa
vermelha
eu só sou a pimenta
que incendeia
os seus sonhos corrompidos...
vai...
se perca em suas cordas
componha outra canção
com versos desafinados
compassos fora do tom
que eu só sou uma tríade
comum, bem normal
de música de restaurante
sou o fundo musical
de bar de beira de esquina..
quarta-feira, 20 de março de 2013
Te colorir...
Eu só queria te pegar no colo e te cuidar..
fazer seu coração bater mais forte
e não te machucar..
eu só queria tirar essa angustia do seu peito
eu queria te dar o meu peito
pra você poder respirar..
eu queria ser capaz de te fazer sorrir
e esquecer toda essa bagunça
orgânica do seu corpo
eu queria te arrancar a dor..
com as mãos
estraçalhara
para que você pudesse
ficar colorido outra vez..
o que posso fazer?
babe?
o que?
what can I do?
i dont know...
sexta-feira, 8 de março de 2013
Des-olhar..
Te olhei
e mergulhei
sem me importar
em me afogar
eu desejei
eu almejei
me aprofundar
em seu olhar
e me embebi em palavras rasas
que cachoeiras pareciam ser
e me lavei em promessas vagas
que da sua boca acreditei ler...
E
Lhe verei..
outra vez..
um suspiro
surgirá..
fugirei meus olhos
dos teus
tentarei
te
Des-olhar..
e mergulhei
sem me importar
em me afogar
eu desejei
eu almejei
me aprofundar
em seu olhar
e me embebi em palavras rasas
que cachoeiras pareciam ser
e me lavei em promessas vagas
que da sua boca acreditei ler...
E
Lhe verei..
outra vez..
um suspiro
surgirá..
fugirei meus olhos
dos teus
tentarei
te
Des-olhar..
quinta-feira, 7 de março de 2013
azul...
Um céu vermelho sobre minha cabeça...
pensamentos cinzas na minha mente..
e uma vontade azul de sumir...
Verde mata dos meus olhos
ferrugem pela face branca leitosa..
... e
uma vontade azul de sumir...
cores revoltam meu espaço..
e o que
faço?
decido seguir o azul...
segunda-feira, 4 de março de 2013
Yo seré tu boca
cuando hablo palabras
palabras ocultas en las oraciones
perdido en los versículos
incrustado en la coma
te incitan a lee.
Sé que me miras
Sé que lee
entre las líneas de mis palabras sueltas
en mis discursos completamente torcidos
Es una manera de tenerte cerca de mí
Es una manera de tenerte cerca.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Casulo
É hora de voltar pra casa
me guardar no quarto
mergulhar nos livros
entrosar palavras
me melodiar
é hora de voltar ao centro
andar sobre a linha
me equilibrando
para não quebrar
é hora de esquecer os sonhos
lembrar das obrigações
parar de desejar
de fantasiar
é hora de voltar pro cinza
e esquecer que eu tive
outra oportunidade
de me
desenhar..
me guardar no quarto
mergulhar nos livros
entrosar palavras
me melodiar
é hora de voltar ao centro
andar sobre a linha
me equilibrando
para não quebrar
é hora de esquecer os sonhos
lembrar das obrigações
parar de desejar
de fantasiar
é hora de voltar pro cinza
e esquecer que eu tive
outra oportunidade
de me
desenhar..
irônica
Na agulha
Moacyr Franco..
na alma
uma dor...
como se pode doer por algo que nunca viveu?
e sangrar por alguém que nunca sentiu?
e eu o sinto mesmo longe..
e eu choro..
ressaca..
whiskey
cerveja
vinil
black sabbath..
e uma dor..
dor de querer
o que não está ao
alcance
e ao meu alcance tinha um colo
um cafuné
e uma voz..
e ironicamente..
pela primeira vez
depois de 10 meses
não era ali que eu queria estar...
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
partida.
corpo embriagado
voz rouca
olhos pesados
dia dolorido
vontades perdidas
desejos guardados
olhos pesados
não quero dormir...
não quero sonhar
não quero pensar
vontades perdidas
desejos guardados
não quero ficar
não quero partir
quero apagar
o anseio de sentir..
olhos pesados
nao quero dormir
não quero sonhar
não quero pensar
não quero
saber
que.
não passou de mais uma...
somente mais
uma..
ilusão.
ânsia
desejo
tesão
vontade de fazer carinho
andar de mão dada
olhar nos olhos
beijar a boca
cafuné..
sentir a pele
degustar saliva
morder os lábios
sabor café
ir ao cinema
tocar piano
fazer música
pintar os muros
beijos nos muros
sair na rua
de alma nua
gritar pro mundo
que quero amar...
mas não escondido
não sou bandido
pra machucar
e um sentimento lindo
se finda
sem começar..
Desenfreado..
É confuso. É intenso. É insano.
são inícios com meios conflituosos e fins indeterminados
É uma razão em duelo com uma emoção desenfreada.
Não Há FREIO....
As decisões são tomadas e ao mesmo tempo quebradas.
Não posso ficar com você.
Te quero tanto
Não é certo.
Saudades.
Vamos parar por aqui.
Queria dormir com você hoje.
é um não seguido de sim.
é um sim seguido de não com tom de sim
e milhares de "Não sei"
Pontos de interrogações
será?
talvez
quem sabe
pode ser?
percebo uma estrada torta
curvilinia
sim
curvas perigosas
as quais eu desejo percorrer...
sábado, 23 de fevereiro de 2013
Vocábulos Livres
Eu
poderia escrever um texto chamado o Ultimo Romance, mas será que eu conseguiria
finalizar meu desejo de sentir?
Desejar
o proibido talvez possa me fascinar. Um dia, um amigo muito intimo disse que eu
simplesmente pulo de para-quedas fechado nas minhas paixões, que mal me
“conserto” de uma dolorosa e instável loucura e já me jogo em outra que pode me
propor sentimentos muito mais insanos.
É....
o Meu Desejo sempre diz, Vida Insana. É, é insano isso. Querer. Sentir.
Desejar. Almejar. Sonhar. Sentir prazer e imenso tesão por algo que nunca viu.
Nunca sentiu. Nem sabe o cheiro. Nem se sabe o gosto.
É
possível sentir saudade de algo que nunca se teve?
É
possível se preocupar com alguém que nunca viu?
Ter
um carinho tão grande que se sente só mesmo quando o mundo lhe faz companhia,
porém se a pessoa não esta, de certa forma contigo, é a mesma coisa que ser
“solidão”?
Eu
não entendo tudo isso, é estranho.
É
diferente.
É
perigoso.
É
completamente complexo e excêntrico.
Como
é possível uma pessoa despertar tal sentimento no meu peito?
Palavras
Léxicos
enclausurados
Vocábulos
livres
Todos
postos em sequência frasial, oracional, coordenadamente ou subordinadamente
para me levar à loucura.
Poderia
ser um pretérito mais que perfeito, porém, esta sendo o imperfeito dos
presentes sem destinação do futuro.
Aqui,
o S¹ e S², mesmo que queiram entrar em conjunção, estão disjuntos porque o Ov
está simplesmente fora das mãos destes sujeitos confusos.
Tem
horas que meu SER racional é pior que Tim Maia com seu Mundo Racional... estraga
todos os meus desejos, me põe em uma linha tosca, sem sentido algum,
manifestada por uma sociedade dominada por conceitos e pré-conceitos.
Meu
ser Emocional queria ser leve e livre para poder pegar a BR e simplesmente
ficar frente a frente ao Meu Desejo, beijar-lhe o nariz, fazer uma careta sem
sentido só para ver um sorriso se abrir, e aqueles olhos com tom forte.
Porém...
Entretanto,
Contudo
Mas....
Minhas
mãos estão atadas
E
meus olhos com lágrimas
Ele
não é culpado do meu pranto...
Nem
eu...
A
culpa de tudo isso...
é
simplesmente
da forma
intensa
de
saborear as palavras....
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Sem-ti-r
lábios
labirintos
libidinosos
limosamente
límpidos
que me
encantam
em cantos
perdidos
quando
cantas pra mim...
seus lábios
nos meus lábios
líricos
sentidos..
Q
u
e
r
o
te
s
.e
..n
...t
....i
.....r
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Queda
o dia quase se finda
e eu aqui...
pensando que alguma coisa pode mudar..
mero engano
ledo engano
merda de engano filho da...
ahh
esquece.
Prefiro minhas palavras tolas
me dá um ar de beleza..
mas é efêmero
a vontade é efêmera
o gosto é efêmero
o beijo é efêmero
o desejo..
o desejo não é..
até não ser sanado
usado
rasgado..
lambuzado..
nao é..
o desejo se mantém em pé
a te tocar a boca
morder a pele
sugar o corpo
olhar nos olhos
e se deixar levar
o desejo prefere corpos unidos
suados
despidos
entregues ao o que não é certo
o calor do proibido
o sabor de pimenta..
quente
eu só queria não querer assim
afinal..
les passant..
e eu aqui...
pensando que alguma coisa pode mudar..
mero engano
ledo engano
merda de engano filho da...
ahh
esquece.
Prefiro minhas palavras tolas
me dá um ar de beleza..
mas é efêmero
a vontade é efêmera
o gosto é efêmero
o beijo é efêmero
o desejo..
o desejo não é..
até não ser sanado
usado
rasgado..
lambuzado..
nao é..
o desejo se mantém em pé
a te tocar a boca
morder a pele
sugar o corpo
olhar nos olhos
e se deixar levar
o desejo prefere corpos unidos
suados
despidos
entregues ao o que não é certo
o calor do proibido
o sabor de pimenta..
quente
eu só queria não querer assim
afinal..
les passant..
roube-me, furte-me, leve-me com você...
Roube um beijo meu
no meio da praça
me deixe sem graça
me faça sorrir
Roube um beijo meu
no meio da rua
deixe-me nua
me faça sentir..
deixe eu ser rio
e desaguar em você
em lábios rosados
te fazer se perder
deixa eu embaraçar os seus cabelos
me embaraçar em você
feito novelos
de lã,
Olhares
Rasgadas palavras efêmeras
antes de um amanhecer frio
miram a passagem de encantos
intensos encantos
riscados em léxicos distantes
entre cabelos rubro negros
solitários
I
se olho nos olhos
miro na iris
procuro que venha
antes de ires embora
pois, embora eu queira ficar
não posso..
há um poço imenso entre eu
e minhas vontades
e na verdade
só quer te olhar
se olho nos olhos
miro na cor
incolor
de todo o sentimento
colorido
não
dolorido
porém ali..
olhos negros
ou da cor do céu
quem sabe
sabor mel.
se olho nos olhos
procuro os desejos
sem tocar os lábios
sem sentir os beijos
o gosto
da saliva
doce
de
quem
quer
ter
e.x.p.e.r.i.m.e.n.t.a.r
Se olho nos olhos
é porque
se eu não morar neles
talvez nunca saiba
porque fugi..
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