terça-feira, 13 de novembro de 2012

Paredes rasas


Quando eu frequentei você
frequentei sua mente
frequentei sua respiração
frequentei suas vontades
suas mentiras de verdade

quando eu frequentei você
frequentei seu corpo
frequentei seus gemidos
perdida em pele em suor
frequentando a carne de um amigo

amizade confabulosa
enlouquecida, misteriosa
colorida entre posições malucas
compassada como uma ritmada música

todos momentos e todas as palavras
frequentadas em paredes rasas
ora concretas ora um mato verde
te olhar sorrindo ao me ver tocar o céu...

frequentei você
frequentei seu ser
frequentei sua alma
alcancei a calma
e me libertei
e já não sei
a que corpo pertenço..

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